Julho Verde e o Dia Mundial do Câncer de Cabeça e Pescoço

Julho Verde: profissionais do HSJosé reforçam a importância do diagnóstico precoce dos cânceres de cabeça e pescoço

No dia 27 de julho é lembrado o Dia Mundial do Câncer de Cabeça e Pescoço. Por isso, durante todo o mês, diversas ações são realizadas para promover a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce, da prevenção, do tratamento e também da reabilitação dos pacientes. Em 2020, o “Julho Verde” estimula o autocuidado na prevenção do câncer de cabeça e pescoço, com o tema “Seu Corpo é sua vida. Não o destrua!”, trazendo o protagonismo a cada indivíduo sobre os fatores de risco.

“Esta é uma campanha mundial para que as pessoas possam conhecer as doenças e fazer o diagnóstico precoce, já que a maioria das pessoas hoje vem para o tratamento com uma situação mais avançada da doença. Os cânceres de cabeça e pescoço então entre as cinco principais causas da doença no Brasil. Estima-se que em 2020 serão 620 mil novos casos no país e 33 mil novos casos somente em Santa Catarina. Nos homens, a maior incidência é de câncer de boca e laringe. Já nas mulheres, os casos mais frequentes são na tireoide”, explica o cirurgião de cabeça e pescoço do Hospital São José de Criciúma, Dr. Rodrigo Porto Leite (CRM: 12954 | RQE: 9395).

De acordo com o médico, a idade superior a 50 anos, tabagismo, álcool e o HPV estão entre os principais fatores de risco para a doença. “É preciso ficar atento aos sinais como manchas brancas ou vermelhas na boca que não cicatrizam, lesão na boca com sangramento, nódulo no pescoço, mudança de voz, dificuldade ou dor para engolir, além de lesões na pele que são sintomas de alerta e que precisam ser avaliados pelo médico. O que precisamos é que as pessoas conheçam as doenças e suspeitem dos sintomas. Somente assim pode haver um diagnóstico precoce, sempre com prevenção e informação”, enaltece Dr. Rodrigo.

A prevenção dos cânceres de cabeça e pescoço é feita especialmente por uma alimentação saudável ao longo da vida, manter uma boa higiene oral, evitar fumo, álcool, garantir a proteção do sol e o uso de preservativos.

Importância de uma equipe multidisciplinar

O Hospital São José de Criciúma conta com uma equipe multidisciplinar para prestar apoio necessário aos pacientes em tratamento e pós-tratamento. A equipe formada por médicos, cirurgiões, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos, enfermeiros, entre outros, tem um importante papel na reabilitação e no retorno da qualidade de vida das pessoas.

“A fonoaudiologia, por exemplo, atua na forma da avaliação e da reabilitação, tanto vocal quanto alimentar. Somos nós que decidimos qual a via será utilizada para a alimentação, se é por sonda ou por boca. Caso seja por boca, qual a consistência segura para esse paciente se alimentar, por exemplo. Tudo sempre com o apoio da nutricionista. Trabalhamos também na reabilitação da fala deste paciente”, explica a fonoaudióloga do Hospital São José, Suelen Capelari.

De acordo com a nutricionista do HSJosé, Leila Viana, os cânceres localizados na região de cabeça e pescoço tendem a comprometer a mastigação e deglutição, devido a localização do tumor. “Durante o tratamento oncológico também podem surgir vários efeitos colaterais dificultando a alimentação do paciente, como dor ao deglutir, falta de apetite, boca seca, alteração ou perda do paladar, feridas na boca, entre outros. Todos esses sintomas reduzem a ingestão alimentar, comprometem o estado nutricional e qualidade de vida do paciente, sendo assim fundamental o acompanhamento nutricional”, explica a nutricionista.

Atendimentos realizados na Unidade de atendimento Oncológico – Unacon

Na Unacon do HSJosé, a grande maioria dos atendimentos aos pacientes iniciam antes do tratamento de quimioterapia e radioterapia, sendo mantido durante e após os procedimentos. “Alguns até chegam antes da consulta dos médicos, mas a grande maioria vem após o tratamento (tanto de quimioterapia, quanto de radioterapia ou cirúrgico). Nós trabalhamos com todas as formas para garantir o maior bem-estar destes pacientes que precisam passar por reabilitação”, explica Suelen.

Por isso a importância do cuidado com a equipe multidisciplinar. “Trabalhamos muito em conjunto também com a psicologia. O paciente fica deficiente da voz, perde a sua identidade. Por isso há o envolvimento do psicólogo. O paciente que não consegue se alimentar, que se alimenta por meio de sonda, também perde o hábito de se alimentar na mesa com a família, por exemplo. Nestes casos, há uma questão social bem grande envolvida, por isso a importância do trabalho em conjunto”, garante a fonoaudióloga. “Com o acompanhamento multidisciplinar conseguirmos atender todas as necessidades dos pacientes. Trabalhamos em equipe para avaliar o paciente, definir a melhor conduta para cada caso, e orientar/intervir de forma interdisciplinar, assim garantimos o sucesso do resultado”, complementa a nutricionista.

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