Qual o melhor teste e qual melhor momento fazer para saber se você está com Covid-19
Dos seis principais exames, quatro oferecem o resultado no mesmo dia
Os tão falados sintomas da Covid-19 começam a se manifestar, de forma tímida ou mais agressiva, e com eles inevitavelmente vêm a dúvida se o motivo do aparecimento tem relação com o vírus causador da pandemia e o isolamento necessário para prevenir possíveis contágios. As principais ferramentas dos médicos para acabar com a dúvida e diagnosticar ou não a Sars-CoV-2 no paciente são os exames clínicos. Pelo menos seis métodos diferentes existem, com propriedades específicas conforme o tempo em que o paciente convive com sinais como tosse, febre, cansaço dores no corpo, perda de olfato e paladar, dificuldade para respirar, entre outros.
Saber o momento ideal para fazer os exames é essencial para garantir o diagnóstico mais preciso, enfatiza o bioquímico e diretor do Laboratório Búrigo, Renan Grijó Búrigo. “Por isso sempre enfatizamos a importância do acompanhamento médico, porque com base no período de desenvolvimento dos sintomas e o histórico do paciente, ele poderá conduzir da melhor forma e indicar o teste correto”, detalha.
Para os mais ansiosos, um dado importante: a maior parte dos testes tem os resultados liberados no mesmo dia. Saiba mais sobre os exames e quais os melhores períodos para fazê-los:
Fase inicial
Pesquisa de antígeno (imunocromatografia): paciente do segundo ao sétimo dia de sintomas
Especificidade: 99,9% / Sensibilidade: 84,4%
Coleta de amostra por swab de nasofaringe (mucosa da região da garganta ou do nariz retirada com auxílio de uma haste com algodão)
Resultado liberado no mesmo dia
PCR: indicado para pacientes do terceiro ao quinto dia de sintomas
Idenfitifica se há material genético do vírus no organismo
Coleta de swab de nasofaringe e orofaringe
Liberação do resultado em três dias úteis
O PCR (RT-PCR) e o teste de antígenos são considerados pela Organização Mundial de Saúde e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) métodos “definitivos de função diagnóstica”, destaca o bioquímico e líder do Setor Analítico do Laboratório Búrigo, Heverton Luiz. “Esses dois exames possuem graus de especificidade e sensibilidade de praticamente 100%, por isso são os mais indicados para identificar se a pessoa está desenvolvendo ou não a doença. Ambos devem ser coletados somente nesses primeiros períodos e, caso tenha passado mais tempo, há outros métodos”, destaca.
A partir da segunda semana de sintomas
Teste Sorológico IgM (a partir do oitavo dia dos primeiros sintomas)
Especificidade: 99,40% / sensibilidade: 90,60%
Coleta de amostra de sangue/soro
Resultado liberado no mesmo dia
Teste Sorológico IgA (a partir do oitavo dia do aparecimento dos primeiros sintomas)
Coleta de amostra de sangue/soro
Liberação em três dias úteis
Da segunda semana de sintomas em diante
Teste Sorológico IgG (a partir do 14º dia)
Especificidade: 99,63% / Sensibilidade: 100%
Coleta de amostra de sangue/soro
Resultado liberado no mesmo dia
Teste Sorológico IgG e IgM (a partir do oitavo dia de sintomas ou assintomáticos)
Anticorpos IgG: especificidade de 99,63% e sensibilidade de 100%
Anticorpos IgM: especificidade de 99,40% e sensibilidade de 90,60%
Coleta de amostra de soro/sangue
Resultado liberado no mesmo dia
Os testes sorológicos, explica Heverton, identificam se o organismo do paciente já produziu as defesas para neutralizar o coronavírus. “Por esse método os anticorpos são identificados, quando o paciente já teve contato com o vírus. Por esse motivo podemos saber também se as pessoas que não sentiram nada de anormal foram infectadas”, explica.
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