O cigarro é um dos maiores agressores do endotélio – que é uma rede de células que recobre os vasos sanguíneos. O cigarro é a principal causa de morte evitável no mundo e chega a reduzir a expectativa de vida do indivíduo em 20 anos.
O ato de fumar interfere na produção de óxido nítrico, uma sustância que protege o coração, deixando as artérias mais vulneráveis ao acúmulo de gordura. Há também uma interferência no mecanismo de contração e relaxamento do músculo cardíaco, dificultando a circulação sanguínea.
A nicotina influencia na redução de consumo de oxigênio e faz com que o corpo passe a absorver mais colesterol, isso porque a fumaça do cigarro contrai os vasos capilares dos pés e das pernas. Sabe-se que um único cigarro, já é suficiente para contrair todos os vasos sanguíneos do corpo, ocasionando um endurecimento das artérias fazendo com que o coração trabalhe muito mais.
Qualquer tipo de tabaco pode estimular a produção de novas placas nas artérias e piorar o acúmulo de gordura nas paredes das artérias. Os homens fumantes têm três vezes mais chances de ter um infarto, se comparado aos homens não fumantes.
Já para as mulheres o risco é ainda maior. Até o fumante passivo tem aproximadamente 30% a mais de risco de desenvolver problemas cardiovasculares do que uma pessoa que não se expõe a fumaça do cigarro.
A única forma de reduzir as chances de ter um infarto é parar de fumar, pois mesmo cigarros com baixo teor de nicotina não diminuem risco de eventos como o infarto.
Para ajudar o paciente a parar de fumar, há opções de medicamentos no mercado, além de adesivos de nicotina e outros métodos. Contudo, o resultado positivo vai depender da determinação e disciplina do fumante, que junto com os métodos adicionais (medicação), tornam esse objetivo mais fácil de ser alcançado.
