Atendimento odontológico à gestantes – Medicamentos de escolha

O atendimento de gestantes é um fator controverso e importante na Odontologia. Casos de urgências como abscessos, pulpites, entre outros, devem receber atendimento imediato.

Nestes casos devemos personalizar o atendimento e uso de fármacos, como anestésico, analgésicos, antinflamatórios e antibióticos.

1- Anestésicos:

Preferencialmente devemos usar a Lidocaína a 2% com vaso constritor, que pode ser a adrenalina, na quantidade máxima de 02 tubetes.  A lidocaína proporciona bom efeito anestésico e apresenta alto grau de ligação entre ás proteínas plasmáticas, o que a torna segura, já que somente o anestésico que se encontra na forma livre atravessa a barreira placentária.

A bupivacaína é um anestésico de alta ligação protéica, porém sua longa duração anestésica limita seu uso em gestantes.

2- Analgésicos:

Deve ser evitado sempre que possível. Os analgésicos de escolha devem ser paracetamol (750mg), ou dipirona (500mg), respeitando o limite máximo de 03 doses diárias e por tempo restrito. É preferível usar dipirona em função da nefrotoxicidade do paracetamol.

3- Antiinflamatórios:

Geralmente são contra indicados nos primeiros três meses da gravidez, pois podem provocar defeitos na formação do feto e retardar ou dificultar o trabalho de parto.

4- Antibióticos:

O mais importante é remover a causa da infecção. Quando existir indicação do uso de antibiótico o de escolha é a Penicilina, em sua dose usual, visto que a sua atuação é na parede celular da bactéria, não causando danos a mãe e nem a o feto.

Por: Dr. Eron José Baroni  (CRO 3797) – Cirurgião Buco Maxilo Facial

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