A avaliação da função renal é de extrema importância na prática clínica cardiológica. Inicialmente ela é realizada a partir da análise da creatinina sérica, que ocorre através de um exame laboratorial simples e confiável. Essa avaliação periódica é muito importante pois, juntamente aos dados de parcial de urina e microalbuminúria, conferem uma avaliação minuciosa do funcionamento dos rins.
Com a ajuda do exame, muitas vezes a doença renal crônica pode ser detectada bem antes do surgimento de qualquer sintoma. Uma das principais funções dos rins é filtrar o sangue eliminando as substâncias tóxicas do nosso organismo. A medida em que os rins perdem a função, os níveis de creatinina no sangue aumentam. Isso acontece porque a creatinina é produzida pelas células musculares e, ao mesmo tempo, eliminada exclusivamente pelo sistema renal.
Em condições normais, os níveis de creatinina permanecerão baixos. No caso de doença renal, não há a eliminação das toxinas e as mesmas seguem circulando pelo corpo. Neste caso, o médico irá avaliar a situação considerando as particularidades de cada paciente e evitando sua progressão. Ressaltamos que a dosagem de creatinina de rotina é recomendada, principalmente para aqueles com maior risco de doença renal crônica, como diabéticos, hipertensos, idosos e indivíduos com histórico familiar da doença.
