Compulsão alimentar. Saiba como reconhecer este transtorno.

           A compulsão alimentar é considerada um distúrbio alimentar caracterizado pela ingestão exagerada de alimentos. Essa ingestão acontece mesmo sem a presença de fome.

          O ato de comer está associado á sensação de prazer. Nesse caso o indivíduo enxerga a comida como sua única fonte de felicidade e come sem controle muitas vezes apresentando sentimento de culpa, tristeza e arrependimento após a ingestão exagerada de determinada refeição.

          Geralmente não há apenas um fator relacionado a esse distúrbio alimentar. Esse transtorno envolve aspectos ambientais e emocionais. Acomete mais o sexo feminino e adolescentes são as vítimas mais frequentes.

         A compulsão alimentar está ligada também á dietas restritivas e radicais. O excesso de privações alimentares pode causar frustração e esse desejo reprimido por certos alimentos pode ocasionar a compulsão. Questões emocionais como ansiedade e depressão são levados em conta. Nesse caso o indivíduo sente tristeza ou ansiedade ou estresse e usa o alimento como fonte de recompensa. As pessoas que possuem este transtorno podem ingerir até de 5mil á 6 mil calorias em uma única refeição.

           Alguns alimentos como o chocolate, café, alimentos açucarados, carboidratos refinados e ricos em gordura podem causar um certo tipo de “vício” ou “dependência” semelhante ás drogas, causando assim a compulsividade. Isso acontece porque, de forma geral, todos estes alimentos atuam na liberação da dopamina e serotonina que são responsáveis pela sensação de prazer e bem estar. Ao mesmo tempo ocorre a estimulação da endorfina pelo cérebro elevando o humor e melhorando o estado emocional pelo menos momentaneamente.

           No tratamento da compulsão alimentar o indivíduo necessita de acompanhamento multidisciplinar (médico, psicológico, nutricional e em muitos casos medicamentoso).

          Esteja sempre atento aos sinais evidentes deste transtorno e procure ajuda profissional o quanto antes.

Por: Scheila Bortoluzzi – Nutricionista

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