Diferenças técnicas entre Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética

Frequentemente somos questionados sobre quais as diferenças entre a tomografia computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM). Antes de entrarmos no mérito da questão, é importante ressaltar que cabe ao médico assistente decidir qual método será mais adequado para avaliar determinada queixa clínica ou doença, sempre respeitando a autonomia dos pacientes.

A TC é um método extremamente rápido de diagnóstico por imagem que utiliza raios X. Raio X é radiação ionizante, capaz de modificar a estrutura de átomos e moléculas, consequentemente do DNA celular. Porém, com a evolução tecnológica, temos visto o desenvolvimento de tomógrafos capazes de reduzir significativamente a dose de radiação, tornando-os cada vez mais seguros e eficientes. Mesmo assim, exames de tomografia devem ser muito bem avaliados em gestantes, crianças e em pacientes que necessitam de estudos seriados, sempre pesando no risco-benefício.

Por sua vez, a ressonância utiliza um campo magnético como meio físico para obtenção das imagens. Até a atualidade, não há relatos de que o magnetismo do aparelho seja capaz de provocar modificações celulares permanentes e, por isso, a RM é considerada segura para realização nos pacientes mais susceptíveis. Contudo, é preciso mencionar que alguns dispositivos implantáveis como marca-passos cardíacos, implantes cocleares, dispositivos de infusão medicamentosa, neuroestimuladores entre outros, podem sofrer atuação do campo magnético, levando a mau funcionamento e risco para àqueles que utilizam. Trata-se de um exame mais demorado e que exige cooperação do paciente quanto a movimentação e respiração, o que pode ser difícil de conseguir principalmente nos indivíduos claustrofóbicos.

O desconhecido pode trazer medo e insegurança, por isso sugerimos aos pacientes mais receosos uma visita ao serviço de imagem antes da realização do exame para conhecer os aparelhos e sanar dúvidas. Isto tem se mostrado confortante e esclarecedor, refletindo em exames mais ágeis, precisos e com menores taxas de reconvocações.

Grégory Vinícius Périco

CRM-SC 11376     RQE 7032

Por: Dr. Grégory Périco – Médico Radiologista

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