Gatilhos mentais

Uma coisa que todos têm, mas a grande maioria não sabe:

Gatilhos emocionais. Vamos falar sobre eles?

A todo o momento recebemos estímulos e esse estímulos podem nos gerar respostas automáticas, às quais chamamos e conhecemos como gatilhos mentais. Esses gatilhos podem ser emoções, comportamentos e pensamentos.

Em atendimento, geralmente quando verificamos quais são os gatilhos mentais do paciente, conseguimos compreender que cada paciente tem os seus gatilhos mentais específicos. 

Essas respostas automáticas podem ser positivas ou negativas, mas sempre quando elas surgem, surgem trazendo e ativando momentos já vividos a fim de fazer com que a pessoa reviva o momento. Sendo assim, dizemos que o gatilho pode ser positivo ou negativo, justamente por esse motivo: se o evento foi positivo, automaticamente gera efeitos positivos a pessoa que está revivendo, mas o contrário também é verdadeiro. Pacientes que experimentam gatilhos negativos com frequência, revivem situações dolorosas com frequência, podendo gerar sintomas ansiosos ou até mesmo depressivos.

Um bom e velho exemplo do que estamos falando, são as memórias da infância. Quem nunca lembrou, em um certo dia, sobre alguma lembrança da sua infância. Aposto que você tenha algumas dezenas de histórias que poderia facilmente compartilhar, porém também acredito que existam histórias dolorosas da sua infância que você não faz questão de falar ou lembrar. Elas também são gatilhos!

Imagine que seus pais foram pais muito presentes e que sempre que chegavam em casa, traziam bolo de chocolate para o café da tarde. Ao sentir o cheiro de um bolo de chocolate, automaticamente você receberá uma injeção de memórias e sentimentos bons a respeito da época, certo?

Da mesma maneira, caso você tenha vivido situações mais complicadas na infância, se você teve algum momento desafiador ou desesperador, se você sentir o cheiro do momento, o som, ver uma imagem que faça link com a situação já vivida, você poderá ter um gatilho mental e receber uma injeção de emoções, sentimentos e comportamentos negativos.

Contudo, os sintomas mais frequentes, que podem indicar uma resposta a esse tipo de estímulo, são:

  • perda de controle;
  • crises de ansiedade ou pânico;
  • medo;
  • desespero;
  • estresse;
  • sensação de vazio interno;
  • sentimento de culpa, inferioridade ou julgamento;

Agora que iniciamos o processo de identificação dos gatilhos mentais e emocionais, certamente você conseguirá passar a enxergá-los comum pouco mais de clareza. O objetivo é que mesmo passando por eles, afinal, todos passaremos por gatilhos mentais positivos e negativos, mas a ideia central é que mesmo em momentos de gatilhos negativos ativados, você possa ter alguns minutos reflexivos e se perguntar o que pode aprender com o link gerado?

Sendo assim, para que você consiga manter o equilíbrio nesses momentos, torna-se importante que você sempre se volte a você mesmo(a), ao seu centro, antes que faça algo sem pensar.

Você deve estar se perguntando, “como lidar melhor com meus gatilhos? Já que eu não controlo quando eles aparecem?”

Um dos processos que mais auxilia nesse momento para lidar com o surgimento dos gatilhos mentais e emocionais é o processo de ressignificação feito em terapia. Em tese, nesse processo você se conecta conscientemente ou ainda, em um processo interno de processamento. Você se conecta as questões mais profundas que geram o gatilho, processa o acontecimento e o significado dado ao fato, para então conseguir ressignificá-lo.

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