Se o coração de uma pessoa altera um batimento, as empresas de tecnologia querem que ela saiba disso. Atualmente, aparelhos eletrônicos portáteis, como os relógios, checam o ritmo cardíaco e alertam os usuários quando algo está fora de sincronia. Eles podem detectar batimentos cardíacos irregulares, como fibrilação atrial, que é um distúrbio que afeta cerca de 2,7 milhões de americanos (no mundo, a prevalência chega a 481,5 por 100 mil pessoas) e aumenta o risco de acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca. Os sensores de ritmo cardíaco podem contar passos e até monitorar o sono. Alguns produtos ligam para o serviço de emergência se o usuário sofrer um acidente de carro ou uma queda grave. É ótimo que o paciente seja protagonista da sua saúde e esteja ciente do que acontece, pois passa a prestar atenção em informações, antes desconhecidas. Porém, ele deve entender que obter um diagnóstico é mais complexo que um monitoramento pontual. O médico é quem irá compilar as informações e avaliar, com exames complementares (e informações mais precisas que aquela dos dispositivos eletrônicos) e confirmar se o paciente está bem. O alerta que fica é: apenas as informações do relógio são evidências frágeis, não sendo capazes de diagnosticar doenças cardíacas, tampouco o paciente é capaz de tratar-se sozinho. Um médico é sempre a melhor opção para cuidar da sua saúde.