No dia Mundial de Combate a Obesidade é importante ressaltar a importância do tratamento para os jovens
O ganho de peso na infância e adolescência é uma realidade que preocupa pais, mães e profissionais de saúde. Para muitos jovens esse quadro acaba se tornando extremamente desconfortável do ponto de vista da saúde física, psicológica e social. Enquanto algumas crianças e adolescentes conseguem reverter o quadro com o apoio da atividade física e reeducação alimentar, para muitos outros o grau de dificuldade para perder peso é enorme, muitas vezes insuperável.
A consequência direta é que cada vez mais jovens acabam tendo complicações de saúde devido a esse quadro, como diabetes, pressão alta, doenças cardíacas, entre outras. São essas situações onde hoje está indicada a cirurgia bariátrica. “Atualmente pacientes a partir de 16 anos, com notada dificuldade de perda de peso e com quadro de doenças associadas têm a indicação da cirurgia”, explica o cirurgião, Leandro Avany Nunes, diretor da Clínica Mova, em Criciúma. O médico observa que o paciente precisa estar enquadrado em diversos critérios, como índice de massa corporal (IMC) superior a 35 e a existência doenças associadas à obesidade.
Foram exatamente os problemas de saúde que já apareciam nos exames, que motivaram a estudante de Direito, Maria Tereza Spillere Simon, a Tete, a fazer a cirurgia de redução do estômago. Aos 21 anos ela viu seus exames médicos apresentarem um quadro de pré-diabetes, gordura no fígado e outras alterações que ameaçavam a sua saúde. Tete, hoje com 23 anos, conta que ganhou peso ainda criança e ao longo da adolescência sempre conviveu bem com o seu corpo. “Desde criança, quando comecei a ficar gordinha, a minha mãe sempre me falou ‘nunca deixe que te digam NADA. Você é linda demais e as pessoas têm que te amar do jeito que você é”, contou Tete na sua rede social ao completar um ano e quatro meses da realização da cirurgia bariátrica, que lhe garantiu mais saúde e qualidade de vida.
Ela conta que recebeu toda a orientação necessária do cirurgião Leandro Avany Nunes e da equipe multidisciplinar da Clínica Mova, esclarecendo dúvidas e inseguranças quanto ao procedimento. “Eu cheguei à conclusão de que precisava emagrecer bastante de alguma forma. A consulta com o Dr. Leandro foi muito esclarecedora sobre as dúvidas e tabus que eu ainda tinha sobre a cirurgia. Saí do consultório totalmente decidida e disposta a operar. Tive um suporte da clínica cem por cento, desde o pré até o pós operatório, essenciais no tratamento”, recorda. E as boas notícias se seguiram após o procedimento, pois além da perda de peso, Maria Tereza constatou que seus exames voltaram aos padrões. Após perder 48 quilos ela revela que está saudável, dentro do peso ideal, onde superou desafios, que fazem parte do tratamento, como a perda de cabelo.
Para tanto a orientação da equipe da Clínica Mova é fazer todos os procedimentos nutricionais indicados na dieta pós-operatória. “Exige muito do psicológico e esforço. Uma recuperação com muitos cuidados, mas que no fim, tudo vale a pena. Deus me abençoou grandemente e sempre me ajudou a ter discernimento e sabedoria, fazendo com que eu tomasse as decisões da minha vida com precisão e certeza, sem medo do que iriam pensar ou falar, antes e depois da cirurgia”, recorda a estudante, que mantém um canal no Youtube e onde conta também sobre a sua cirurgia e a perda de peso.
Para jovens como Maria Tereza, a orientação é sempre buscar o apoio médico especializado em medicina da obesidade. Ao lado de uma equipe multidisciplinar, o paciente vai estar orientado sobre os tratamentos disponíveis e a necessidade ou não de realização de cirurgia bariátrica.
Dia Mundial agora em março
A Federação Internacional da Obesidade mudou a data do Dia Mundial da Obesidade, que era 11 de outubro, para 4 de março, a partir de 2020. A obesidade não é uma questão de estilo de vida: trata-se de uma doença crônica, recidivante e multifatorial.
Por: Dr. Leandro Avany Nunes – Médico Cirurgião