É a cardiomiopatia hipertrófica, uma doença genética de herança autossômica dominante e que causa um espessamento das paredes do coração. Essas paredes espessas e rígidas dos ventrículos não relaxam de maneira adequada para permitir que as câmaras cardíacas se encham de sangue. O que dificulta ainda mais quando o coração bate aceleradamente, como durante atividades físicas. Os sintomas variam, mas quando ocorrem, geralmente se desenvolvem em adultos com idades entre 20 e 40 anos, durante a prática de exercícios, e incluem desmaio, falta de ar, palpitações e dor torácica. Essa doença pode ser detectada com o Ecocardiograma ou com a Ressonância Magnética Cardíaca, que possibilita melhor observação das anomalias. Afeta 1 a cada 500 pessoas e pode atingir qualquer área do órgão, mas o mais comum é afetar a região do septo, a parte que divide as cavidades do coração. O septo, que tem menos de um centímetro de espessura, chega a duplicar ou triplicar de volume nos pacientes com cardiomiopatia hipertrófica. É importante destacar que a hipertrofia do coração pode ser um processo normal quando deriva de estímulos. Por exemplo, a hipertrofia pode ocorrer em pessoas com hipertensão não controlada. O coração responde ao estímulo da pressão alta aumentando de tamanho. Na cardiomiopatia hipertrófica, porém, a hipertrofia do coração acontece sozinha, ou seja, sem qualquer fator que estimule seu desenvolvimento.Se você já passou dos 30, é hora de iniciar uma rotina cardiológica. Quem procura acha, e quem acha a tempo, consegue tratar!