O ronco é provocado pelo estreitamento ou obstrução nas vias respiratórias superiores durante o sono, o que dificulta a passagem do ar e provoca a vibração dessas estruturas causando o ruído.
Quando a pessoa dorme de barriga para cima a musculatura da garganta fica flácida e a língua cai levemente para trás, sendo considerado comum e normal roncar nesta condição. Porém, quando o ronco ocorre mesmo dormindo em várias posições, bem como quando o som é contínuo e muito intenso, deve haver uma avaliação médica para identificar se há alguma doença.
O ronco pode ser sintoma da síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS), que é uma doença caracterizada por parada respiratória que pode durar 10 segundos nos adultos, e até 3 segundos nas crianças.
Os fatores de risco ou agravantes do problema podem ser condições físicas, como obesidade, refluxo gastresofágico e a anatomia do pescoço, quando o mesmo é mais curto e grosso, ou ainda hábitos como: Ingestão de bebidas alcoólicas, uso de remédios calmantes ou indutores de sono, tabagismo e consumo excessivo de alimentos antes de dormir.
Nos quadros mais leves de ronco e apneia, controlar os fatores de risco e a posição de dormir pode ser uma forma eficaz de tratamento. Outra opção é utilizar um retrator de língua ao dormir, ele auxilia a manter a boca fechada e a projetar a língua um pouco para a frente. Para os casos graves, a melhor indicação é o CPAP nasal. Além de melhorar as crises de ronco, o uso do CPAP afasta o risco de problemas cardiovasculares e de hipertensão.