Obesidade – Doença e tratamento

A Obesidade é considerada uma doença crônica e progressiva, provocando várias doenças (comorbidades). A obesidade passa a ser chamada de MÓRBIDA, quando tem a sua classificação do Ìndice de Massa Corpórea (IMC) com valor acima de 40, ou entre 35 a 40 quando acompanhada de comorbidades, sendo as principais, o diabetes melito tipo II, dislipidemias, doenças cardiovasculares, hipertensão arterial sistêmica, alterações da coagulação, varizes e tromboses nas pernas, infertilidade feminina e masculina, impotência sexual, incontinência urinária, doenças articulares degenerativas, alterações psicosociais. Alguns tumores malignos, como do aparelho digestivo, são facilitados pelo acúmulo excessivo de gordura.

Há um aumento expressivo da mortalidade, quando um indivíduo está 50% acima do seu peso ideal, em relação a pacientes não obesos. Os riscos para a saúde de uma pessoa com sobrepeso ou obesidade mórbida são muito aumentados, em relação às pessoas que possuem peso normal.

A obesidade não se trata de uma simples alteração do contorno corporal ou estético, mas sim de uma doença universal de prevalência crescente, e que vem adquirindo proporções alarmantemente epidêmicas, sendo um dos principais problemas de saúde pública da sociedade moderna. Possui várias causas, dentre as principais podemos citar: metabólicas, hormonais, comportamentais, culturais, psicológicas, sociais e, às vezes, genéticas.

A OBESIDADE IMPLICA EM CONSEQUÊNCIAS GRAVES

  • Piora da qualidade de vida, devido à alta frequência de doenças associadas;
  • Redução da expectativa de duração da vida;
  • Altíssima probabilidade de fracasso dos tratamentos conservadores.
  • Dificuldade sociais, de trabalho e familiares.
  • Baixa auto-estima

Várias doenças que podem ser fatais como infarto, trombose, acidentes vasculares, e outros, tem como principal causa a obesidade.

SÃO INÚMERAS AS CAUSAS DA OBESIDADE

Deve-se prestar atenção ao que se pode corrigir para evitar que o indivíduo continue obeso. Causas orgânicas como fatores genéticos fazem com que a pessoa adquira a conformação corporal e peso semelhante aos demais membros da família. A possibilidade de nascer gordo ou tornar-se um deles aumenta se o nascimento ocorrer em família de obesos.

Nos dias de hoje sabe-se que distúrbios de produção ou reaproveitamento de neurotransmissores pode acarretar alterações do apetite, fazendo com que a pessoa coma mais do que outra que não tenha tal defeito orgânico. Medicamentos específicos para estes distúrbios podem modificar o apetite, diminuindo a compulsão pelo comer.

Um dos distúrbios mais freqüentes é o transtorno de compulsão periódica, também chamado de “Binge Eating”, traduzido por períodos compulsivos de comer até se sentir cheio e de forma incontrolável, resultando numa obesidade cada vez mais acentuada.

TRATAMENTOS CONTRA A OBESIDADE

BALÃO INTRAGÁSTRICO

Trata-se de um dispositivo de silicone introduzido no estômago por endoscopia, sendo após preenchido com 400 ml a 700 ml de soro fisiológico. A conseqüência é a sensação de saciedade, devido ao espaço ocupado pelo balão. O balão permanece no estômago por seis a nove meses (há mais de um tipo de balão)  sendo retirado também por endoscopia. Os melhores resultados são obtidos com a associação de dietas e atividade física. Geralmente indicado para tratamento de obesidades de menor gravidade, para pacientes que não aceitam cirurgias ou que tenham alguma doença que impede a cirurgia, ou mesmo como tratamento inicial para pessoas com obesidade muito grave e que não tenham condições para a cirurgia.

TRATAMENTOS CIRÚRGICOS

O tratamento cirúrgico tem se mostrado o único tratamento eficaz em longo prazo contra obesidade severa ou mórbida. O acúmulo da experiência com esta modalidade de tratamento, em paralelo ao desenvolvimento da cirurgia laparoscópica. Sendo a videocirurgia bem menos agressiva que o método aberto (convencional), resulta em menor tempo de internação, mais rápida recuperação, dor mínima ou ausente, rápido retorno ao trabalho e atividades habituais, além da baixíssima chance de complicações na parede abdominal. Atualmente os riscos cirúrgicos são mínimos, com várias estatísticas favoráveis.

Fonte: http://gastromedica.com.br/

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