Retinoblastoma

Diagnóstico precoce é a chave para o sucesso do tratamento

Foi aos onze meses que pequeno Ryan Stanger Zanoni recebeu o diagnóstico que ele tinha um retinoblastoma, um tumor ocular considerado raro, que afeta a retina e que se tornou mais conhecido esta semana com o compartilhamento da história da pequena Lua, filha do apresentador Tiago Leifert, diagnosticada com o mesmo problema.

O retinoblastoma é um câncer de diagnóstico complexo e que precisa de um “olhar diferenciado” para que ele seja realizado. Foi assim que ocorreu com o pequeno Ryan.

“O Ryan ficou internado por sete dias em um hospital tratando de uma infecção, porém não se conseguiu descobrir de onde vinha esse problema. Até que, no dia que ele teria alta, um médico percebeu que ele tinha um problema para perceber o reflexo da luz. Foi então que fizeram uma foto com flash e descobriram ali, que algo estava errado. Depois da tomografia, veio o diagnóstico do retinoblastoma”, explica a mãe Valdinéia Stanger Cruz.

Segundo a mãe do menino, foi um choque receber o diagnóstico. “Eu nunca pensaria em ter um filho com uma doença como esta e nunca passou na minha cabeça que um dia poderíamos passar o que nós passamos. No tratamento dele, foram feitos seis ciclos de quimioterapia e agora ele está bem só em acompanhando com os médicos dele, a dra. Adalisa do Hospital São José e o dr. Bruno, em Florianópolis. Hoje o Ryan está com três anos e agradeço todos os dias ao médico, que na época era acadêmico de medicina, pelo diagnóstico”, aponta Valdinéia.

Alerta para a importância do diagnóstico precoce

Neste dia 4 de fevereiro é lembrado o Dia Mundial do Câncer e, de acordo com a médica oncologista pediátrica e responsável pelo serviço de oncopediatria do HSJosé, dra. Adalisa Reinke, esta é uma data importante para reforçar a importância do diagnóstico precoce, especialmente dos casos de cânceres infantis.

“O diagnóstico precoce desta forma de tumor, cuja origem está associada a fatores genéticos, é o melhor caminho para garantir seu tratamento adequado. Os cuidados já devem iniciar ainda na maternidade, onde todo recém-nascido deve ser submetido ao Teste do Olhinho (teste do reflexo vermelho) até 72 horas de vida, sendo este o primeiro passo para a detecção de doenças oculares”, aponta dra. Adalisa.

De acordo com a especialista, há alguns sinais que servem de alerta para que os pais procurem um especialista. “O conhecido ‘olho de gato’ que seria um reflexo branco em vez do vermelho, quando é feita uma foto com flash, assim como foi diagnosticado o caso do Ryan. Há também outros sinais importantes como estrabismo e problemas na movimentação dos olhos da criança, redução da visão em um dos olhos, dor no olho, lobo ocular maior que o normal ou então a ambliopia, conhecida também como ‘olho preguiçoso’. Tudo isso reforça a importância de sempre estarmos atentos e do quanto ‘um olhar’ faz a diferença”, enaltece dra. Adalisa.

Saiba mais:

O retinoblastoma é um tumor maligno raro originário das células da retina – parte do olho responsável pela visão – afetando um ou ambos os olhos. É o tumor primário mais comum no olho de crianças e tende a ocorrer no início da infância ou em lactentes e pode estar presente ao nascimento.

Fonte: https://www.hsjose.com.br/

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